Florestas Silenciosas um Futuro Nebuloso

Recentemente recebi de uma das listas de e-mail que sou cadastrado, em especial de uma editora que publica ficção científica no meu país, um e-mail com um pequeno artigo que versava sobre o esvaziamento sonoro das florestas não apenas referente aos animais de médio e grande porte mas também insetos, aves e pequenos animais diversos.

Fotografia Autoral

Me peguei pensando sobre esse esvaziamento sonoro especialmente por frequentar diariamente, por conta do trabalho, um campus universitário recheado de natureza e com poucos polos de extrema urbanização, por curiosidade após o expediente passei a caminhar diariamente nos caminhos abertos dentro do campus e me alegrei ao conseguir escutar em alto e bom som toda a variedade de vida que às vezes esquecemos que existe ao nosso redor, consegui ver raposinhas da caatinga, falcões Carcará, lagartos Teiú, Íbis-Branco Americano além claro dos odores e é engraçado em especial pensar sobre os odores de uma mata cheia de vida, tudo tem cheiro em especial as árvores frutíferas que em sua estação enchem o ar e o chão com cores e doces aromas e que passam despercebidos quando vivemos uma vida urbana-digital automática, cinza e, em muitos aspectos, vazia

Fotografia Autoral

No e-mail da editora era exposto as preocupações do argumentista sobre a crescente queda da biodiversidade das florestas, medo pautado por pesquisas científicas entristecedoras sobre a degradação ambiental provocada pela humanidade durante toda a sua existência no planeta, acredito nas previsões científicas ao ponto de me contentar, em uma feliz morbidade, de poder aproveitar o que acredito serem os últimos anos de natureza plena que poderei aproveitar de forma livre e pacífica.

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